
Uma história de dor, coragem e recomeço
Tsuyoshi Yamaguchi, mais conhecido pelo apelido "Guti", é japonês e cresceu imerso em uma cultura onde resistir em silêncio era considerado virtude. Em um ambiente de trabalho tóxico — onde a exaustão era normalizada e a vulnerabilidade vista como fraqueza — seguiu calado até que o corpo não aguentou mais. Foi no limite da dor, após um grave acidente, que sua transformação começou.
A queda foi dura: quebrou o maxilar, perdeu dentes e, por meses, sua vida mudou por completo. Cirurgias, parafusos na boca e uma alimentação totalmente líquida se tornaram sua nova rotina por meses. Durante esse tempo de recuperação, ele teve que reaprender a existir em silêncio — mas, desta vez, com um novo olhar.
Foi nesse processo que conheceu Eliana — uma brasileira que viveu no Japão por quase 20 anos. Com ela, aprendeu que recomeçar é sabedoria, e que cuidar de si também é um gesto de amor.
Em 2023, decidiram começar uma nova fase no Brasil, onde encontraram um novo lar: foram recebidos com calor humano, tocados pelo carinho do povo e inspirados pela força dos imigrantes japoneses que cruzaram o oceano em busca de um futuro melhor.
Carregando a memória afetiva de sua infância, contada tantas vezes por sua mãe, e a história da família materna que cultivava matcha no Japão, Guti sentiu que era hora de retribuir.
Ao lado de Eliana, decidiu compartilhar com o Brasil algo profundamente enraizado em sua cultura: o matcha. Mais do que uma bebida, um gesto de afeto e conexão com suas raízes — unindo o passado e o presente, Japão e Brasil, oferecendo aos brasileiros um matcha verdadeiro, cheio de história e afeto.
Matcha Guti nasceu dessa jornada profunda e dedicada.
Após meses de pesquisas e visitas a dezenas de plantações em diferentes regiões do Japão, observando de perto cada detalhe do cultivo — do solo à colheita; entendemos com profundidade, o que faz um matcha ser verdadeiramente excepcional.